O aluno pode conseguir de 0 a 1 000 pon-
tos em cada uma das quatro áreas do conheci-
mento e na redação.
Para atribuir essa pontuação nas provas de
múltipla escolha, o Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais(Inep), organizador do Enem, utiliza a Teoria
da Resposta ao Item(TRI), um modelo estatístico que possibilita a
comparação entre diferentes edições do exame.
Assim, essa pontuação não é contabilizada pelo número total de
acertos e nem todas as questões têm o mesmo valor, pois o modelo
leva em conta o nível de dificuldade de cada item.
A TRI também permite a análise das respostas dos alunos e a
identificação da consistência das respostas, para evitar a pontuação
de questões assinaladas por meio de''chute''. Assim, para um can-
didato que erra as questões mais fáceis, seus acertos nas ques-
tões difíceis são atribuídos á sorte e sua pontuação cai.
Portanto, a pontuação depende do grau de dificuldade das ques-
tões que o aluno acerta ou erra.
O inep publica as notas máximas e mínimas dos alunos a cada edi-
ção do exame, o que permite a comparação do desempenho entre eles.
A correção da redação
O processo de correção da redação é diferente. Dois especialistas
corrigem a redação de forma independente e a nota final é a média
aritmética simples dessas duas notas. Se houver uma diferença de
300 pontos,ou mais, entre as duas notas, um supervisor faz a terceira
correção, que anula as anteriores. A partir de 2012, os candidatos po-
derão ter acesso á correção da redação no Enem.
A evolução do Enem
1,6 3 4
MILHÃO milhões milhões
DE INSCRITOS DE INSCRITOS DE INSCRITOS
↓ ↓ ↓
2000 2005 2008
1998- O Ministério da Educação(MEC) cria o Enem. O primeiro exame
contém 63 questões interdisciplinares de múltipla escolha e uma redação.
Com participação voluntária, 157 mil estudantes se inscreveram para prestar o
exame. Apenas uma universidade, a PUC, direciona vagas(20%) a candidatos
com conceito superior a 70% no exame.
2000- O exame recebe 1,6 milhão de inscritos. São Paulo lidera o ranking
com 461.977 estudantes.
2004- O MEC implementa o Programa Universidade para todos(ProUni), que
vincula a concessão de bolsas em instituições privadas á nota do Enem. Alunos
de escola pública são isentos do pagamento da taxa de inscrição no exame.
2005- O Enem atinge a marca de 3 milhões de inscritos, em razão
do ProUni. Um dado interessante: (apenas) 54,5% dos inscritos são
concluintes do ensino médio; os demais são estudantes que se formaram
em outros anos.
2006- O Ministério da Educação divulga pela primeira vez as médias por
escola e por município do exame realizado no ano anterior.
2008- O número de inscritos chega a 4 milhões.
2009- O MEC anuncia grandes mudanças. O Enem passa a funcionar
como principal meio de acesso ás instituições de ensino superior.
2010- O exame torna-se obrigatório para alunos matriculados
na rede pública.
A partir de 2013- Estão previstas duas edições anuais.